8 de fev. de 2011

Revista Maru (da Maru Botana)

Noutro dia passei pelo jornaleiro para namorar as revistas de receita e ver se me inspirava para fazer algo novo e vi essa revista. É na Maru Botana, uma chef de cozinha argentina (http://es.wikipedia.org/wiki/Maru_Botana) muito famosa na tevê aqui. Eu a conheci na época em que havia perdido o seu bebê recém-nascido por Síndrome da Morte Súbita do Lactante e comecei a ver seu programa (Sabor a mí). Ela é famosa pelos doces e pelas tortas que faz.

A revista é bem bacana e tem um site: http://www.revistamaru.com/contenidos/home.html

Apesar do site, eu gosto de comprar a revista, porque posso ir lendo no ônibus e ir pensando no que vou fazer para o jantar ou para o fim de semana.

O mas legal de tudo é que descobri esse fim de semana que ela tem uma casa de praia a poucas quadras de onde meu namorido está construindo a sua casa de praia em Mar del Sur, na costa atlântica argentina. Vejam que chique! Vou ser vizinha da Maru Botana!

Você tem fome de quê # *já perdia a conta*



No embalo da comida mexicana e ainda profundamente tocada pelo livro "Como água para chocolate" (CAPC), comprei o livro "Íntimas suculências", também de Laura Esquivel.

Li a contracapa, onde se fala que "a nacionalidade tem a ver com a terra, mas não com essa pobre ideia de uma delimitação territorial, mas com algo mais profundo. Tem a ver com os produtos que essa terra dá, com sua química e seus efeitos em nosso organismo". Comprei esperando que fosse parecido com o "Como água para chocolate", mas me decepcionei.

O livro é uma coletânea de crônicas - a maioria relacionadas diretamente com comida, como no CAPC - mas também fala de economia, o feminismo, o "novo homem". Tem uma uma crônica muito interessante sobre o machismo no México - sob o ponto de vista de uma mulher que não vê que seu marido é machista ("¡Sea por Dios y venga más!) e uma outra muito bonita chamada "Sopa de manzana". Mas fora isso, fiquei com a sensação de que deixou a desejar... Acho que fui com muita sede ao pote e o livro não era bem o que eu esperava...

Na verdade, a própria autora no prólogo comenta que a fórmula de CAPC já havia esgotado depois de tantas colunas que escreveu para a revista Vogue do México (por coincidência ou não, todas as crônicas dessa coletânea antes publicadas nessa coluna da Vogue foram as que eu mais gostei...).

De qualquer forma, é Laura Esquivel e sempre vale a pena ler.

PS: Uma frase me marcou e concordo com ela: "Uno es lo que come, con quién come y cómo lo come".