22 de jul. de 2010

Comfort food para um dia de inverno: sopa cremosa de abóbora e escondidinho de carne seca

Essa entrada merece começar com uma citação do Djavan: "Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e o pensamento lá em você... Eu sem você não vivo..."

Um domingo de julho, no auge do inverno portenho, nós dois em casa, a chuvinha lá fora, um friozinho bom para ler um livro, descansar e perfeito para uma comfort food!

Quem me conhece, sabe que sou carioca da gema! Mas a combinação clássica do nordeste do Brasil - jabá com jerimum - é uma das minhas favoritas. Não em sua versão tradicional - carne seca com quibebe - mas uma versão mais carioca da coisa :o)

Aproveitei que meus pais tinham trazido para nós, da última vez que vieram nos visitar, carne seca a vácuo (e bacalhau também, afinal, esta é uma casa portuguesa, com certeza, o pá!) para fazer o escondidinho de carne seca. Só faltou o requeijão... E um queijinho de coalho de entrada... Vai ficar para a próxima. Para substituir essa entrada, fiz uma sopa cremosa da abóbora com alho poró.



A sopa é bem básica, bem simples de fazer. Normalmente, eu faço uma sopa rala, líquida, porque meu namorido não é fã de sopas cremosas, e separo uma parte para mim e bato no liquidificador e misturo com o creme de leite fresco (Acho que já disse isso aqui, mas vale a pena repetir. Uma vez, vendo um vídeo da chef Andrea Kaufmann, ela dizia que quando ela fala de creme de leite em suas receitas, ela se refere ao creme de leite fresco, sempre. O outro, o industrializado, por melhor que seja, pode arruinar uma boa receita, porque nada substitui o creme de leite fresco. Aqui, por sorte, só encontro mesmo o creme fresco e, de fato, é muito mais saboroso do que o outro pausterizado).

Vamos à receita: na panela onde vamos fazer a sopa, refogamos o alho poró - bem lavado e cortado em rodelas fininhas, parte branca e parte verde - com azeite de oliva. Se quisermos, podemos acrescentar cebola branca e/ou alho; vai do gosto do freguês. Depois de refogarmos tudo, acrescentamos um quilo de abóbora cortada em cubinhos, meio litro de água e um cubinho de caldo pronto (O da sua preferência. Uu usei o de abóbora com milho e cenoura da Knorr. Pode ser um de verduras qualquer, por exemplo). Acertar o sal e deixar cozinhar bastante, até a abóbora ficar bem macia.

Nessa hora, eu separo a minha parte (mais abóbora do que caldo), ponho no liquidificador e bato bem. Depois, já no prato para servir, ponho um pouco de creme de leite fresco, condimento com pimenta negra moída na hora e um toquezinho de azeite de oliva de boa qualidade (ultimamente, estamos usando um português, ora pois!).

O escondidinho de carne seca também é super fácil. É igual ao de frango, só mudamos os ingredientes. É importante lembrar que a carne seca tem que ser dessalgada (ficar de molhos durante uma noite e ir trocando a água a cada oito horas). Depois, segundo as instruções da embalagem, eu deveria fervê-la três vezes e trocar a água cada vez que levantava fervura. Como isso, ela já está dessalgada e cozida, pronta para ser usada.

Depois desse processo, eu desfiei a carne e a refoguei com uma cebola cortada em pedacinhos, azeite de oliva e pimenta. Acrescentei uns tomates sem pele e sem sementes, cortados em cubos (pode ser molho ou purê de tomates também) e deixei que a carne tomasse bem o gosto da cebola e vice-versa. Quando terminei essa etapa, deixei a carne esfriar para depois partir para a montagem do prato.

Enquanto isso, fui fazer o purê de aipim (no Rio a gente chama de aipim, no nordeste - já que comecei assim - macaxeira. Aqui em Buenos Aires, é mandioca mesmo... E só quem come são os paraguaios! Por isso, nem sempre é fácil encontrá-lo no mercado de todos os dias). O purÇe de aipim é igual ao de batata: cozinhar BEM o aipim, tirar as fibras grossas para não atrapalharem na hora de comer, amassá-lo, acrescentar leite morno a gosto, pimenta e um pouquinho de nada de sal (para não chamar mais a atenção do que o sabor da carne seca). A dica do leite morno aprendi com um chef argentino, Máximo Lopez May, que diz que para fazer um purê mais cremoso, o leite tem que estar morno - na mesma temperatura da batata, por exemplo. E tem razão: deve causar algum choque de temperatura o leite frio com o purê quente...

A montagem é moleza: num recipiente refratário (tipo essas porcelanas brancas para fazer souflés), pôr a carne seca no fundo e escondê-la com o requeijão (para os que tem essa delicatessen em casa) ou cream cheese e, por fim, o purê de aipim, coberto de queijo ralado para gratinar. Vai ao forno e em menos de meia hora está pronto.

Assim matei um pouco de saudades da minha terrinha!!



17 de jul. de 2010

O Clube dos Chefs do Futuro 2

Desta vez, a futura chef é minha sobrinha fofa, Alice, que resolveu fazer uma festa surpresa para minha irmã no seu aniversário. Desnecessário dizer que babo muuuito...


Enrolando o brigadeiro.


Concentração e precisão.


Apresentando sua obra de arte.


O bolo de chocolate da minha mãe e a decoração da Alice (detalhe: tudo na altura dela, até onde o bracinho dela podia alcançar haha)

15 de jul. de 2010

Bolo na caneca - ao som de Skank...


Na caneca que minha amiga Clarissa me mandou.

Quinta-feira de frio e eu em casa trabalhando. Agora a temperatura subiu e está fazendo oito graus. Hoje de manhã, quando eu saí, às 10h, fazia UM grau! De madrugada a temperatura estava abaixo de zero... Que gostoso... para ficar em casa, claro! Sair de casa com esse frio é dose!

Depois de uma sopinha de almoço, continuei trabalhando e de tardinha de bateu uma fome, uma vontade de comer alguma coisa diferente... Isso se chama tédio! Uma mistura de traduções de temas chatos, com frio, saudade do meu namorido (que está trabalhando)... Foi, também, a desculpa perfeita para tentar fazer o famoso "bolo na caneca".

A ideia surgiu porque queria fazer um presente para uma amiga e me lembrei desse bolo, mas eu tinha que testar antes para ver se dava certo (vai que não dá e eu fico sem o presente!). Então juntei, literalmente, a fome com a vontade de comer!

Fiz a receita abaixo e ficou muito legal! É prático, rápido, gostoso, suja pouca coisa! Só não fiz a calda porque queria primeiro ver como ficava a massa. Mas agora já sei que fica muito gostoso e, com certeza, para a minha amiga vou fazer com calda de chocolate ou ganache.

Ah, e ainda encontrei toda a explicação físico-químicas do bolo na caneca:

http://www.cienciaviva.pt/docs/EnigmaBoloCaneca.pdf

É bastante interessante! Vale a pena ler!

Bom, mas vamos ao que interessa!

Ingredientes:

1 ovo pequeno
4 colheres (sopa) de leite
3 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó
4 colheres (sopa) rasas de açúcar
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
1 colher (café) de fermento em pó

Modo de Preparo:
Coloque o ovo na caneca e bata bem com garfo.
Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bata mais.
Acrescente a farinha e o fermento e mexa delicadamente até incorporar.
Leve por 3 minutos no microondas na potência máxima.

Calda:

Ingredientes:
2 colheres (sopa) de leite
1 colher (chá) de manteiga
1 ou 2 colheres (sopa) rasas de açúcar
3 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó

Modo de Preparo:
Misture tudo e coloque por 30 segundos no microondas na potência máxima
Coloque no bolo ainda quente.


O bolo passou no teste do palito: fica fofinho, um pouco esponjoso.


Acompanhamento perfeito para o livro que estou lendo no momento: Chocolat


Dicas Importantes:

* Dimensões desta caneca:
9,5 de coprimento (altura)
8,5 de diâmetro (largura da boca da caneca)
Capacidade de 300ml

* A colher (sopa) da farinha, do chocolate e do açúcar são rasas. Se colocar colher (sopa) fazendo morro, o bolo vai ficar duro.

* Se você deseja desenformar da caneca, unte uma outra caneca com margarina e farinha de trigo, coloque a massa e leve o bolo para assar.

Fonte: http://www.bemcomer.com.br/maurorebelo/2008/receita_06_02.htm

13 de jul. de 2010

Mimos: Violetas

Eu tinha esquecido de comprar flores para o meu aniversário, mas minha sogra se lembrou e me trouxe essas violetas.



Um mimo na taça de vinho!

Cestinhas de milho com mussarela

Essas cestinhas foram um sucesso no meu aniversário. Mais uma boa ideia do meu namorido. São rápidas, práticas, econômicas e supergostosas. Dá para servir de entrada ou de acompanhamento (hoje comemos com peixe). É uma versão mais fashion da tradicional humita, que é um prato de origem andina, típico do norte da Argentina, Peru, Bolívia, Chile e Equador. Consiste basicamente em uma pasta de milho, temperada com um pouco de óleo e servida nas folhas do milho finamente tostadas. Parece com a nossa pamonha. A diferença é que no caso da pamonha, o pacotinho é fervido e as folhas do milho não são tostadas.

A receita é fácil porque aqui em Buenos Aires já encontramos praticamente todos os ingredientes prontos e só faltaria misturar e montar as cestinhas. Para massa, usamos as tapas de empanadas, que são os discos para fazer os pastéis argentinos. Imagino que com a massa de pastel (o nosso pastel) deva funcionar também. E para o recheio, aqui podemos encontrar o milho verde (e o milho branco!) em grãos inteiros e já em forma de pasta, cremoso. Na falta de milho cremoso, o jeito é fazer um creme de milho (milho, leite, creme de leite etc.).

Por fim, a receita é assim: misturar uma lata de milho verde (grãos inteiros) com uma lata de milho verde cremoso, um ovo, sal e pimenta a gosto. Nas forminhas de muffins (é mais fácil do que fazer as cestinhas como eles ensinam na embalagem da empanada... ), forrar com os discos de empanadas, rechear com a mistura de milho e por um pedaço de queijo mussarela e levar ao forno até a massa ficar douradinha e o queijo derreter.

O resultado foi este:





11 de jul. de 2010

O Clube dos Chefs do Futuro

Minha amiga Vanessa me mandou umas fotos da sua pimpolha - Bia - fazendo das suas e eu lhe pedi permissão para publicar essas fotos no meu blog para inaugurar o clube dos "Chefs do Futuro" :) Porque é muito fofo ver criança fazendo lambança (de propósito para rimar!)

O menu de hoje é pizza e waffles:



Café da manhã do jeito que eu gosto: waffles com nutella! (Com doce de leite é bom também, Phil!)



Detalhe do banquinho.



Customized pizza! (Última moda nos EUA!)

9 de jul. de 2010

Muffins #2



PARABENS PARA MIM!!!!!!!!!

Definitivamente, eu AMO muffins!!! Este ano, para meu aniversário, decidi que não ia fazer torta, nem bolo. Fiz muffins! Vinte e quatro muffins dispostos em uma bandeja e alguns com umas flores ou estrelas de isopor para enfeitar. Usei a mesma receita de sempre, muffins tipo mármore, e eles saíram fofinhos e úmidos. Adorei essa ideia. É legal porque cada um pega o seu, não tem que ficar nessa de "quem corta o bolo", para quem é o primeiro pedaço etc. E, melhor de tudo, não tenho que lavar os pratos no final!

8 de jul. de 2010

Pasta de berinjela

Meu namorido AMA berinjela. Eu, particularmente, não sou muito amiga desse legume. Mas, aproveito que ele gosta para preparar várias comidinhas, cujo ingrediente principal é a berinjela, para ele.

Hoje fiz uma pastinha rápida para untar os sanduiches de amanhã, na minha festinha de niver. Simples, rápido e gostoso.

Comprei três berinjelas pequenas - podem ser duas grandes também - lavei bem, cortei o talo e a pontinha de baixo e depois as cortei ao meio no sentido longitudinal (deixar a casca). Pus num pirex e levei ao micro-ondas por 13 minutos. Leve a berinjela ao micro-ondas por 10 minutos ou até a polpa ficar macia. Com uma colher, retirei a polpa da berinjela e descartei a casca. Com o amassador de batatas, amassei bom!!! Amassei e misturei tudo e prontinho! Temos aí, uma pastinha de berinjela pronta para untar um pãozinho!!!

7 de jul. de 2010

Dip azul

Esse dip é rápido e muito fácil de fazer e salva na hora de servir algo mais elegante para uma entrada ou brunch.


Ingredientes:
100 g de queijo tipo Filadélfia
100 g de queijo azul (roquefort ou gorgonzola)
100 g de nozes picadinhas

Modo de fazer:

Em uma vasilha, misturar bem o queijo cremoso com o queijo azul até formar umapasta uniforme e lista. Acrescentar as nozes picadas e misturar mais uma vez e levar à geladeira. Tirar da geladeira meia hora antes de servir para ficar mais suave e menos firme.

fonte: http://www.tregar.com.ar/recetasimp.php?id=58

Tiramisu express!

Meu namorido e eu adoramos um tiramisu. Mas sempre que a gente queríamos comer, tínhamos que fazer uma receita inteira, porque não encontrávamos queijo mascapone fracionado e pequenas quantidades. Mas hoje nossos problemas acabaram! Encontrei no mercado um pote de 200g da marca Tregar. Como eu tinha um creme de leite dando sopa na geladeira, resolvi comprar o mascarpone para provar. Deu certinho para 4 porções!



Recapitulando:

Ingredientes (para 4 porções como a da foto):

200g de mascarpone
200g de creme de leite
2 ovos (gemas e claras separadas - claras batidas em neve)
75g de açúcar
1 pacotes de biscoito champagne (120g - usei mais ou menos a metade)
Essência de baunilha a gosto
Café bem forte e frio com um pouquinho de cognac ou licor suficientes para umidecer os biscoitos (*)
Chocolate ou cacau em pó

Modo de fazer:

Bater as duas gemas com o açúcar e a essência de baunilha. Depois acrescentar o queijo e misturar bem até se tornar uma massa lisa e homogênea. Acrescentar o creme de leite e mexer até que este se integre. Por fim, misturar as claras em neve, envolvendo-as com a mistura anterior.

Montagem:

Umidecer rapidamente os biscoitos na mistura de café com cognac. Dispô-los no pirex (no meu caso, no ramequin de 10cm de diâmetro). Cobrir com o creme e repetir a operação até terminar com o creme por cima. Polvilhar com o chocolate em pó. Levar à geladeira e só retirá-lo para servir.

(*) Enquanto escrevia essa receita, não pude deixar de pensar no trocadilho "molhar o biscoito" :)

Alfajorcitos de maicena 2

Ah, garota! Agora virei craque! Comprei o doce de leite certo (o repostero) e fiz de novo os alfarjores! Dessa vez, sim, eles ficaram lindos e não desmoronaram!


4 de jul. de 2010

Mousse de atum

Esse é um clássico da minha mãe. É muito fácil e prático, porque dá para fazer com antecedência e congelar. E para servir, basta descongelar algumas horas antes na geladeira.

Ingredientes:

1 lata de atum escorrida
2 colheres de sopa de suco de limão
1/2 xícara de maionese
1/2 cebola ralada
1 pote de creme de leite (250g)
1 colher de sopa de ketchup
1 pacote de gelatina sem sabor
1/2 xícara de água
Sal e pimenta a gosto
azeitonas ou picles picados (opcional)

Modo de fazer:

Dissolver a gelatina em meia xícara de água. Bater todos os outros ingredientes no liquificador (menos as azeitonas e o picles). Acrescentar a gelatina e bater de novo. Passar para os potinhos que serão usados para servir e levar à geladeira para ficar firme.

Um detalhe: no verão, não se recomenda deixar do lado fora da geladeira, porque começa a derreter.

Reciclando: pudim de pão

Em casa de químico, nada se perde, tudo se transforma. E uma das transformações mais gostosas é o pudim de pão! Minha mãe sempre faz quando sobra pão (isso ou rabanada... que ficar para a próxima). É superfácil e rápido de fazer.

Não tem foto porque o pessoal veio aqui em casa para ver o "chocolate" da Argentina e entre que se lamentava o triste resultado e se arrumava a sobremesa, comemos tudo e não tirei uma foto.

Ingredientes:

6-8 pães franceses dormidos, sem crosta e cortado em cubinhos
500 ml de leite morno
4 ovos inteiros batidos
150g de açúcar + 300g de açúcar para o caramelo
uvas passas (opcional)
essência de baunilha a gosto

Modo de fazer:

Esquentar o leite e derramá-lo sobre os pedacinhos de pão. Com um amassador de batata (ou um garfo), amassar bem até que o pão e o leite se transformem em um creme. Acrescentar os 4 ovos batidos, o açúcar, a baunilha e as passas. Misturar bem e reservar. Na forma onde feito o pudim, acrescentar 300g de açúcar e levá-la diretamente ao fogo para que o açúcar se derreta e fique queimadinho como caramelo. Espalhar com uma colher de madeira (não usar de metal para não cristalizar) por toda a forma e passar a massa para a forma. Levar ao forno pré-aquecido por 40 minutos ou até ficar douradinho. Para saber se está pronto, fazer o teste do palito: enfiar um palito no bolo, se sair limpo, é porque já está pronto.

Minha mãe faz com leite condensado e, por isso, não usa açúcar. Como aqui não é tão comum ter leite condensado em casa, fiz com leite e açúcar (como o pudim de leite).

1 de jul. de 2010

Mais maracujá! Amo muito tudo isso!



Gente,

Os argentinos começam a se render ao sabor e ao perfume da minha fruta preferida: o maracujá!

Sai ontem no jornal Clarín. Assim que eu conseguir o suco de maracujá, vou fazer essa marquise! Tenho que esperar quando meus pais vierem aqui para me visitar e trazer meu suco.

Enquanto isso, vou babando...

(reproduzido na íntegra)



“Algo ácido y muy perfumado, el fruto del maracuyá es una bendición para la repostería ”
29/06/10 Fresco y cortado al medio es delicioso. pero convertido en mousse, helado, salsa, mermelada o licuado es una fiesta para el paladar.
El maracuyá, una de las últimas adquisiciones del mundo gourmet, es tan apto para preparaciones saladas como dulces. También conocida como fruta de la pasión, parchita o, simplemente, pasionaria, es una planta de enredadera con cuna en las regiones subtropicales de América, más precisamente en el Amazonas. Su cultivo se debe, además del delicioso sabor de su fruto, a sus decorativas flores. Es nada menos que la flor nacional del Paraguay. Su nombre proviene del portugués y, a su vez, deriva de las palabras en guaraní “mberú kujá”, que significan “criadero de moscas”. La bautizaron así por la dulzura del néctar que desprende la fruta. Su otro nombre, el de flor de la pasión, dicen que se debe a que los conquistadores españoles creyeron ver en ella una corona de espinas y a sus tres pistilos, como representantes de los clavos de la cruz. Otra versión explica que los jesuitas en el siglo XVII la bautizaron “passio flora” (flor sufriendo), porque comparaban a la imagen de esta flor con la de Cristo sufriendo. En cuanto al fruto, en América y durante muchísimo tiempo, se lo comía silvestre. Los españoles lo descubrieron en Perú, en 1569. Se dice que fue un médico español, de apellido Monardes, quien lo llevo a Europa y escribió sobre el uso que le daban los indígenas al fruto. Pero cuando en el Viejo Mundo se comenzó a utilizar, en la cocina peruana ya era un ingrediente común, tanto que se dice que en realidad era con maracuyá con lo que se preparaba el primitivo cebiche, debido a su acidez.
Pero fue recién en el siglo XX cuando el maracuyá dejó de ser un fruto silvestre y comenzó a cultivarse para su explotación comercial. En la Argentina, se lo cultiva en varias provincias, en especial Misiones y Corrientes, de donde proviene buena parte de la pulpa que se vende en supermercados y casas de delicatessen.
El fruto de maracuyá es carnoso y jugoso. Está recubierto de una cáscara gruesa y la pulpa tiene una textura similar a la de la papaya, con más de 250 semillitas oscuras, que se comen. Estas se encuentran suspendidas en un líquido gelatinoso de color naranja o amarillo. Toda la fruta es muy sabrosa, algo ácida y muy perfumada. A la hora de comprar maracuyá, Gimena Lombardo, repostera de Jolie Bistro, recomienda elegir los frutos más pesados y con la piel arrugada, si es que se piensa consumir enseguida. En cambio, si la piel del maracuyá está lisa, aun le falta madurar. Para acelerar los tiempos, se puede envolver el fruto en papel de diario y dejarlo madurar a temperatura ambiente unos días. Y una vez que alcanza su punto justo se guarda en la heladera.
El fruto de maracuyá se puede consumir fresco, cortado al medio. O emplear en la preparación de mousse, helados, tortas, tragos, licuados, almíbares, salsas y mermeladas. En ese último caso, hay que poner las semillas en una gasita, por el alto contenido en pectina de las mismas, que hará que la mermelada tenga mejor punto. Para ir probando, Gimena propone estos tres deliciosos platos de repostería.

MARQUISE DE CHOCOLATE AMARGO Y MARACUYA

Cómo se hace
La base. Derretir 500 gramos de chocolate semiamargo con 60 gramos de manteca a bañomaría, mezclarlos y agregar 500 CC de crema de leche fría. Verter en un molde redondo de 22 cm de base con los bordes forrados en film o cubiertos de una tira de acetato. Llevar a la heladera 30 minutos o más
Hidratar 10 gramos de gelatina sin sabor en 50 CC de agua fría. Llevar unos segundos al fuego o microondas, mezclar y reservar
Hacer un merengue suizo, uniendo en un bol metálico 2 claras con 200 gramos de azúcar. Llevar al fuego en bañomaría y revolver hasta que los cristales del azúcar desaparezcan. Luego, batir con batidora eléctrica hasta que quede brilloso y con cuerpo
Colocar en un bol 200 CC de pulpa de maracuyá. Agregar la gelatina y mezclar. Agregar en dos partes el batido de clara, mezclar con movimientos envolventes
Batir 200 CC de crema de leche a medio punto (sin que llegue a chantillí) y mezclarla con la preparación de maracuyá. Verter en el molde, sobre la base de chocolate. Llevar a la heladera un mínimo de cuatro horas.

TARTA DE MARACUYA

Como se hace
La masa. Procesar 2 y 1/2 tazas de harina 0000, 1 cucharada de azúcar, 1/2 cucharadita de sal y 125 gramos de manteca. Agregar de a poco 2 o 3 cucharadas de agua fría, hasta formar un bollo. Reservar en la heladera 30 minutos. Retirar y forrar una tartera o tarteras individuales, Pinchar la masa y cocinar 20 minutos en horno precalentado. Dejar enfriar
El relleno. Batir a blanco 5 yemas con 100 gramos de azúcar impalpable. Agregar 110 CC de jugo o pulpa de maracuyá y la ralladura de 1/2 limón. Cocinar a bañomaría, revolviendo siempre hasta que espese, pero no debe hervir. Retirar del fuego y agregar 125 gramos de manteca fría, mezclar y dejar enfriar
Rellenar la tartas con la crema de maracuyá. Acompañar con crema batida y frutos rojos, o espolvorear con azúcar impalpable.

CUPCAKES DE CHOCOLATE Y MARACUYA

Cómo se hacen
La masa. Derretir a bañomaría 150 gramos de chocolate con 150 gramos de manteca. Batir 3 huevos con 250 gramos de azúcar. Mezclar ambas preparaciones y sumarle 130 gramos de harina 0000. Rellenar pirotines y cocinar en horno moderado fuerte (180°) 20 minutos
El relleno. Batir a blanco 5 yemas con 100 gramos de azúcar impalpable. Agregar 110 CC de jugo o pulpa de maracuyá. Cocinar a bañomaría, revolviendo hasta espesar; no debe hervir. Retirar y agregar 125 gramos de manteca fría, mezclar y enfriar
Armado. Con un cuchillo, hacer un orificio a cada cupcake y rellenar con la crema de maracuyá fría (se puede usar una manga de repostería). Luego, calentar 200 CC de crema de leche y verterla sobre 200 gramos de chocolate amargo picado. Mezclar y cubrir con esto los cupcake. Decorar con grajeas o confites de colores.



Fonte: http://www.clarin.com/ollas-sartenes/perfumado-fruto-maracuya-bendicion-reposteria_0_289771022.html