27 de fev. de 2010

Wishlist (# 1)

Tem um supermercado nos EUA chamado Target (www.target.com) que tem tudo que um amador precisa para sua cozinha a preços acessíveis. Lembro que comprei uma nova fôrma de muffins por 4 dólares (menos de 8 reais) e aqui paguei 50 pesos (uns 25 reais). Além de terem artigos econômicos, a variedade e a quantidade de coisas que os americanos têm para cozinha (e para café da manhã, claro) são impressionantes. Eles inventam de tudo!!

Já comecei a fazer minha wish list pro dia que eu voltar lá (tomara que seja em breve) ou para pedir a um amigo ou conhecido.

Outra loja que me deixou babando foi a Williams-Sonoma (www.willimans-sonoma.com). Essa já é alto nível. Com meu orçamento, só rolou mesmo comprar um livro de receitas. Mas é uma loja linda. Outra que tem de tudo! Tinha um descaroçador de cerejas (!?). Coisas que você fica pensando: Quem será que comprar uma coisa assim? Aí você uma senhora americana, estilo Marta Stewart, toda coqueta, comprando justamente aquele objeto para poder preparar a apple pie ou os cookies de domingo para a família.

No Brasil, eu gosto da Tok Stok (www.tokstok.com.br). Tem umas coisas lindas. Da vontade de morar dentro da loja! Mas para comprar as coisas básicas do dia-a-dia, nada como as loja de 1,99.

Aqui em Buenos Aires ainda não encontrei a minha loja preferida. Talvez porque eles tenham tantos bazares de 1,99 e eu acabao encontrando tudo o que preciso aí. Msa continuo procurando.

A cozinha dos meus sonhos


Noutro dia fui num bazar aqui perto de casa para comprar um pincel de silicone e fiquei olhando aquelas coisas de loja de 1,99 e encontrei um quadrinho com a moldura marrom que combina com a decoração da nossa casa. Comprei. Era um quadrinho que tinha um desenho de um cappuccino. Nada original. Mas fiquei encantada com o quadrinho. Nesse dia, voltei pra casa pensando: Quando nos mudarmos para uma casa maior, quero ter um desayunador, seria a nossa copa, onde fazemos a refeições diárias. Aí, vinha caminhando pensando como seria meu desayunador (estou usando a palavra em espanhol, porque na verdade, mais do que uma copa, quero algo que inspire a ideia de café de domingoda manhã em família, daí a palavra desayunador - desayuno em espanhol é café-da-manhã). Fiquei namorando umas revistas que tenho aqui em casa e via essas ilhas que estão usando agora. É meu sonho de consumo. Um lugar onde possa pôr toda minha parafernália de café da mnhã (cafeteria, sanduicheira, torradeira, expremidor, etc) e, claro, a menina dos meus olhos: minha coleção de canecas! Cada vez que viajo, trago uma ou duas canecas, mas ainda não tenho onde expôr minah coleção. Uma parte ainda está no Brasil, na casa dos meus pais. A outra está aqui em casa. Comecei a procurar umas fotos na internet e encontrei essa, que é bem o estilo que estou procurando. Enquanto não temos uma supercozinha como a da foto, vamos usando o bar aqui de casa, como desayunador. É uma boa solução.

Minha biblioteca gastronômica

Aos poucos vou montando minha biblioteca (ou como diz minha sobrinha, biloteca). Estes são os livros que tenho usado ultimamente:

Food made fast - Baking (Lou Seibert Pappas/Williams-Sonoma) - Comprei na minha recente viagem aos EUA. Tem todos os clássicos americanos (cookies, cheesecake, crumble...).

Brunch - The perfect weekend treat (Jennifer Donovan) -Esse livro foi um achado! Paguei uma merreca numa livraria aqui de Buenos Aires. Quando vi o estilo do livro, as fotos, a edição e ainda por cima em inglês, pensei que ia sair uma fortuna. Saiu mais barato que um livro de bolso do Gabriel Garcia Marquez que comprei no mesmo dia!

O livro dos pães (Sara Lewis) - Também aproveitei uma promoção na internet e comprei o livro por menos de 10 reais! Ótimo, com tudo explicadinho, fotos lindas.

Panes e pancitos dulces y salados (Claudio Olijavetzky) - Esse foi presente do meu namorido, que me viu empolgada com os pães e me deu esse. Muito bom também, com tudo explicadinho. Já fiz algumas receitas, mas nem todas sairam bem. Acho que ainda não tenho a mão pra fazer pão... Mas continuo tentando!

Tomate recheado com molho caesar (ou o fim de um trauma e dois preconteitos)


Realmente, esse foi um dia e tanto! Acabei com um trauma e dois preconceitos em um só prato! Foi um combo!

O trauma corre por conta do tomate. Quando eu era criança, meu pai me obrigava a comer tomates todos os dias. Ele AMA tomate e eu não conseguia gostar daquele negócio. Mas na minha casa criança não tinha vez e meus irmãos e eu tivemos que comer tudo que meus pais determinavam (hoje vejo que eles têm razão e pretendo fazer o mesmo quando eu tiver filhos hahaha Será minha vingança!).

O fim do trauma começou no dia que comprei uma revistinha de receitas light aqui no jornaleiro perto de casa. Tinha uma receita de tomates recheados. Sou sincera: eu como com os olhos, antes de mais nada. Quando vi a foto, o tomate tão bonitinho, tão arrumadinho... Fiquei com vontade de comer. E com o calor desgraçado que está fazendo aqui, pensei que seria bom comer algo fresco no jantar. Nesse dia, me lembro que fiz como dizia a receite e recheei o tomate com maionese, atum, salsinha e azeitonas. Deixei na geladeira e quando meu namorido chegou em casa para o jantar e viu que eu tinha preparado tomate de acompanhamento até estranhou.

Depois que vi que disfarçando o tomate eu podia comê-l0 (meu pai sempre disse que o tomate é bom para prevenir vários tipos de câncer (*) e etc. Acredito no meu pai, mas rolava um preconceito contra o tomate... Acho que era uma maneira de manifestar minha rebeldia depois de tantos anos sendo obrigada a comer o raio do tomate!), resolvi que ia comer outro dia, tb recheado. Dessa vez, com ricota, roquefort, azeite de oliva extra-virgem e um mix de pimentas que tenho aqui em casa. Outra vez, meu namorido me olhava com cara de quem não entendia nada (justo eu, que nesta terra de pseudoitalianos, não como tomate, berinjela e pimentão...). Enfim, comemos outra vez e realmente ficou muito gostoso.

Aos poucos fui ficando amiga do tomate. Fomos fazendo as pazes. Paralelamente, fui adentrando um novo mundo para mim: o do arroz integral. Outra coisa que sempre olhei com cara de eca!, mas que por recomendação da nutricionista, resolvi dar uma chance ao famoso arroz integral. A verdade é que, na primeira vez que comi arroz integral no Brasil, no refeitório da empresa onde eu trabalhava, notei que ele tinha um gosto um pouco mais forte e é um pouco mais seco. Acho que por isso não gostei - acostumada com o arrozinho branco da mamãe, não tinha como comer aquilo.

Mas quando fiz as primeiras vezes aqui em casa, descobri uma maneira de deixá-lo mais saboroso, que seria adicionar um condimento para arroz em pó (uma mistura de curcuma, orégano, páprica, gengibre, noz moscada, coentro, pimenta e manjericão que se compra por peso num mercado aqui perto de casa ou também em envelopinhos industrializados). O arroz fica amarelinho e com um sabor especial! Aí, fui ficando mais sensível e amiga do arroz integral e, dessa maneira, acabei com o primeiro preconceito do título desta entrada.

O segundo preconceito era o de comer arroz frio na salada. Realmente, não rolava. Eu ficava pensando no arroz da minha mãe, quentinho, soltando fumacinha, com cheirinho de refogado de alho, cebola e azeite de oliva e não conseguia entender como eles aqui na Argentina conseguiam comer um arroz lavado, fervido no sal, escorrido e lavado de novo com água fria na salada. Primeiro que o arroz que eles fazem aqui não tem gosto de nada (vejam bem: esta é minha opinião pessoal... comparando o arroz que meu namorido fazia pra mim com o da minha mãe...). Depois que comecei a fazer aqui em casa o arroz branco do jeito que minha mãe faz , meu namorido não quer mais comer o arroz fervido deles... Por algo há de ser.

Não sei o que foi que me deu nesse dia, mas resolvi que ia fazer tomate recheado (trauma), com arroz integral (preconceito 1), pedacinhos de presunto, cenoura ralada, azeite de oliva extra-virgem, mix de pimentas e tudo para servir de entrada como uma salada, ou seja, frio (preconceito 2). Tenho que reconhecer que foi uma boa escolha e o tomate ficou ótimo!

Aproveitei e usei um pouco de molho caesar do dia anterior (receita retirada de um dos meus sites preferidos www.panelinha.com.br). Mas poderia ter comido sem nada.

Ah, esta receita foge um pouquinho à ideia de café-da-manhã, chá da tarde etc que seria o foco deste blog. Mas bem que pode ser servida como uma entrada ou num brunch.

(*) Sobre o tomate: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u403793.shtml

Caesar salad

Ingredientes
1/2 maço de alface-americana
1/2 maço de alface-crespa
6 fatias de pão de fôrma sem casca
2 colheres (sopa) de manteiga
1 xícara (chá) de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de maionese
2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 filé de aliche
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
1 dente de alho sem casca
suco de 1 limão

Modo de Preparo
1. Lave bem as folhas de alface sob água corrente. Numa tigela com água e um pouco de vinagre, deixe as folhas de molho por 20 minutos. Em seguida, retire as folhas com cuidado para que as "sujeirinhas" fiquem no fundo da tigela.
2. Com uma faca, corte o pão em quadrados bem pequenos, mas iguais.
3. Numa frigideira antiaderente, coloque a manteiga e leve ao fogo médio para derreter. Acrescente os cubinhos de pão e deixe dourar, mexendo de vez em quando para não queimar. Retire do fogo, transfira os cubinhos para um prato e reserve.
4. No liquidificador, junte o creme de leite, a maionese, o parmesão ralado, o aliche, o azeite, o alho e o suco de limão. Bata por 2 minutos ou até obter um creme homogêneo.
5. Seque as folhas de alface com papel-toalha e rasgue em pedaços médios. Disponha as folhas numa saladeira, regue com o molho e salpique com os cubos de pão. Sirva a seguir.

25 de fev. de 2010

Você tem fome de quê?


Ultimamente, por recomendação da minha nutricionista, tenho que rever meus conceitos gastronômicos... :( Por isso, não publiquei nada na semana passada.

Por outro lado, para me entreter até eu conseguir receitas light que me satisfaçam, vou ocupando minha cabeça com livros. E se eu puder misturar livros com comida, melhor ainda.

Tenho, então, uma sugestão:

Como agua para chocolate, Laura Esquivel. - Há dois anos, no meu aniversários, duas grandes amigas e ex-companheiras da apartamento, Dayane e Greice, compraram para mim esse livro. Foi meu primeiro livro em espanhol. Em uma semana, li o livro todo! DE-VO-REI o livro, na verdade! Fiquei apaixonada pela história e, no final, fiquei com saudade da Tita e do Pedro. Realmente, é uma história apaixonante que mistura a história da guerra civil no México, no início do século XX, com a culinária mexicana. Recomendo!!

Sinpose: Neste divertido livro, cada capítulo é aberto com uma extraordinária (e perfeitamente realizável) receita, em torno da qual não só se aglutinam os comensais que as consomem como também se 'cozinham' e 'coalham' amores e desamores, risos e prantos (sobretudo risos).

11 de fev. de 2010

Frutinhas vermelhas: minha paixão!


Tenho sorte de morar em uma cidade (Buenos Aires) onde posso encontrar muitas frutinhas vermelhas (morangos, cerejas, arándanos) a preços mais ou menos econômicos... (O morango já esteve mais barato... tanto que cansei de fazer geleia!).

Mas tive MAIS sorte ainda de ter viajado a Washington, D.C. no verão e lá, sim!, essas frutas estavam a preço de banana!!!!

Em um dia de muito calor, fui ao supermercado que ficava perto do nosso aparthotel para ver se eu poderia comer alguma coisa para escapar da fast food e encontrei várias bolsinhas de berries: cerejas, framboesas e amoras! Não resisti! Comprei uma bolsa de cada e levei de volta para o aparthotel, pus em uma tigelinha de sobremesa, salpiquei açúcar por cima e me sentei para comer... Que gostoso! Que saudade!!

Pão temperado de batata e cebola


Comprei um livro chamado "O livro dos pães", de Sara Lewis e resolvi tentar fazer um pão. Sempre tive problema com pães. Adoro comê-los, mas os meus nunca saiam bem. Desta vez, para minha surpresa, fico ótimo! Bem fofinho, inclusive no dia seguinte! A receita é bem simples e a segui tal qual está no livro. A única diferença foi que substitui as sementes de erva-doce (não sou muito fã de erva-doce) por curry.

Ingredientes:

200g de batata descascada
1 colher de sopa de óleo de girassol
150g de cebola pica bem fina
1 1/2 colher de chá de sementes de cominho grosseiramente trituradas
1 1/2 colher de chá de sementes de erva-doce grosseiramente trituradas
1/2 colher de chá de curcuma
1/2 colher de chá de páprica
2 colheres de sopa de manteiga
475g de farinha de trigo (0000 ou "forte")
2 colheres de chá de açúcar refinado
2 colheres de chá de sal
1 1/2 colher de fermento seco instantâneo
200ml de água morna
manteiga derretida para finalizar

Modo de fazer:
1. Corte a batata e cozinhe-a por 15 minutos. Enquanto isso, aqueça o óleo em uma frigideira, acrescente a cebola picada e frite-a levemente até adquirir um tom dourado. Depois, acrescente os temperos, meza e cozinhe por 1 minuto.
2. Escorra as batatas e amasse-as com a manteiga para fazer um purê. Deixe esfriar um pouco.
3. Coloque a farinha em uma tigela grande e, mexendo, adicione o açúcar, o sal e o fermento. Acrescente o purê de batata, as cebolas temporadas e misture. Gradualmente, acrescente a água morna suficiente para formar uma massa macia.
4. Sove bem sobre uma superfície levemente enfarinhada por 5 minutos, até que a massa fique macia e elástica. Coloque a massa de volta na tigela, cubra-a com um plástico besuntado em óleo, sem apertar, e deixe em local quente para crescer por 1 hora ou até que a massa dobre de tamanho.
5. Coloque a massa de volta sobre a superfície levemente enfarinhada, sove-a bem e coloque-a em uma fôrma de rosca de 20cm untada (*Usei uma fôrma de pão comum e serviu). Cubra com plástico besuntado em óleo, sem apertar, e deixe descansar por 30 minutos ou até que cresça até a borda da fôrma.
6. Retire o plástico e asse em forno pré-aquecido a 200ºC por 30 a 35 minutos, até que o pão cresça e pareça oco ao receber leves batidas com a ponta dos dedos.
7. Segurando a fôrma com luvas térmicas, solte o pão com a ajuda de uma espátula. Transfira-o para uma grade de metal. Pincele com manteiga derretida e deixe esfriar.